sexta-feira, 18 de março de 2011

Cortando o compensado






















Como só podia contar com um sábado ou outro (estava montando tudo no terraço da casa dos meus pais, meu apê não daria nem pro começo) acabei me afobando um pouco. Modelei melhor a estrutura de pinus, abri uns buracos nas áreas menos críticas pra reduzir um pouco o peso (uma das minhas poucas intervensões nesse sentido) e usei uma tico-tico pra cortar as lâminas do compensado naval que desenhei a mão livre na chapa, seguindo um desenho que fiz no computador.

Para facilitar a montagem, usei duas chapas de cada lado. Como elas eram bem fininhas deu para deformá-las uma por vez, colando com cascorez extra, para criar o contorno do quadro.

Excetuando as peças específicas para bicicleta tipo rodas, corrente, pneus e catraca o restante da ferragem necessária para a trike foi todo encontrado em ferro-velho e até mesmo jogado no lixo, sendo que quase todo esse metal era alumínio - Na realidade a bike é em sua parte metálica quase que 90% feita de alumínio. Depois explico melhor isso.
Nessa etapa eu usei uma placa de alumínio muito forte que não faço idéia de para que servia, mas que na bike seria o suporte para prender a roda traseira. Ela entrou colada e posteriormente aparafusada em um encaixe que fiz entre a extrutura interna de pinus e a externa de compensado naval.

Uma coisa a ser dita sobre o quadro da bike é que a combinação de um miolo de pinus com o exterior de compensado naval unido basicamente com cola, uns poucos pregos, pinos de madeira e parafusos de latão, resultaram em um conjunto extremamente forte a impactos e relativamente leve. O sanduíche de madeira evitou o excesso de peso que teria uma extrutura toda feita de compensado e ao mesmo tempo reduziu a fragilidade de um quadro feito só de madeira maciça, no caso o pinus, reconhecidamente frágil. Para quem nunca lidou com madeira uma peça maciça pode parecer erroneamente mais forte. Acontece que os veios da madeira podem facilmente rachar em um sarrafo leve como o pinus. Para evitar isso usei o reforço em trama das finas placas coladas com os veios em sentidos perpendiculares do compensado naval. Por outro lado, se fosse fazer tudo com compensado ficaria muito mais pesado. Na bike e no meu bolso!

Nessa pressa de ver como ficaria acabei usando uma idéia que depois tive de abandonar. Parte da madeira que iria utilizar viria de um velho espaldar que usei quando criança para fazer fisioterapia. As barras são se uma madeira incrivelmente resistente e flexível. Minha primeira idéia era usá-las para a suspensão dianteira. Depois acabei desistindo. A geometria não funcionou bem e a flexibilidade das barras comprometeu a estabilidade do conjunto.

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